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Abrindo Caminhos

Há muitas maneiras de viver a vida. Para alguns o modo mais direto, para outras voltas, desvios e intercessões. Nossas ambições podem ser grandes ou pequenas, de encontro ou contra os desafios daquelas grandes pequenas batalhas internas ou externas de cada dia. Acontece que por sermos condenados a sermos humanos nos é dado ao nascer um nome para carregar, uma história que começou muito antes de sermos concebidos, além de tradições que nem sempre compreendemos. O caminho que iremos seguir a cada dia, pode ser trilhado de maneira compulsória, deixando-nos sermos levados pelas circunstancias, mas nesse caso podemos parar sem percebermos em um lugar qual nosso psicológico não suporta.


Caminho para Gramado, RS, Brasil. Arvore de Araucária 2017

Sintomas de ansiedade, depressão, melancolia e apatia, que minam nossa saúde mental, tantas vezes descritos e repetidos em centenas de transtornos psicológicos e síndromes são cultivadas por essas relações com o mundo antes de percebemos que não estamos onde gostaríamos. Caberia se reencontrar? Mas como isso é possível? Seria cômico se não fosse triste o fato de antes de buscar ajuda psicológica muitos já tentaram vícios, misticismos, curas milagrosas e auto repressão.


Infelizmente não é difícil deparar-se com pessoas queixando-se a que ponto chegaram em suas vidas. Repetidos amores que já começam errados, rotinas massacrantes que não conseguem ser quebradas, comportamentos contínuos que angustiam, tudo isso num ritmo viciado que sufoca e adoece. Viver as oportunidades que nos aparecem é legitimo de toda forma, mas não confrontar se realmente queremos fazer, como esse ou aquele curso na juventude, ou o comprometer-se com alguém porque “bem, se essa pessoa me quer então eu quero” é o que nos impede de ver as tantas oportunidades de fazer aquilo que verdadeiramente nos encantaria e geraria potência para vida.


Um caminho para a vida é feito para ser inventado, percorrido, explorado, habitado e modificado, por que não importa o quanto foi percorrido, é possível fazer desvios, mudar de direção, se lançar ao movimento. Descobrir coisas novas e redescobrir antigas. Caminhos, ao contrário de estradas, não tem contra-mão, não conecta os pontos A e B, e nem deve ser percorrido com pressa, é algo que pode-se desbravar de peito aberto ao destino e criar a cada passo.


Assim, acreditamos que o papel de um Psicólogo/Analista na prática de uma psicoterapia é, para além de só tratar sintomas e psicossomatizações, é apresentar – a esse sujeito que acolhemos em nossa clínica – novas maneiras de se entender e desejar, incitando-o as emergências de suas escolhas e consequências, produzindo desvios construtivos a sua vida, afinal saúde mental assim como a física é uma construção. Logo, possibilidades sempre existem, mesmo que não sejam percebidas, porque não há apenas um, são sempre múltiplos os possíveis, construídos a cada passo. Então, hoje qual desses CAMINHOS você quer trilhar?


Caio Paes de Freitas | CRP 05/53463

Herbert de Moraes Vieira | CRP 05/53607

Pedro Henrique Martins de Carvalho | CRP 05/53459


Rosa dos ventos com Enso
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